quinta-feira, 27 de novembro de 2008



Uma embalagem de chiclete?!

Certa vez eu estava em minha casa quando escutei um amigo me chamar do meu portão,ele estava muito eufórico,agitado mesmo.

Então com aquele sorriso que encanta qualquer pessoa ele me pediu para dizer eu o amava.Soltei um sorriso sarcástico no rosto e respondi a ele: Tá bom... Eu te amo!

Foi quando ele começou a falar: -Lembra que vc disse que adorava chicletes?

Eu respondi que sim,ele continuou: - Eu estava esperando o ônibus no terminal e comprei um chiclete,eu nunca tinha provado um chiclete igual a esse e a medida que ia mastigando eu lembrei de nossa conversa,desci do ônibus e comprei um outro para trazer para vc.

Minha nossa eu fiquei muito feliz com tudo que ele estava me dizendo,na ocasião era só mais uma dessas conversas bobas que bons amigos costumam conversar.Mas que fez muita diferença em minha vida.

Eu realmente nunca tinha provado um chiclete tão gostoso!

À vezes pensamos que as pessoas não dão a miníma para o que pensamos ou falamos,Sandro me fez acreditar que não é bem assim.

Eu devo não ter dito a ele o quanto um chiclete me fez feliz naquele momento,eu tenho a oportunidade de fazê-lo agora!

Bobagem ou não aquele momento foi meu e isso ninguém poderá me tirar...

O DIA EM QUE UM CHICLETE ME FEZ SENTIR A PESSOA MAIS FELIZ DO MUNDO!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Vivendo e aprendendo

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não deve se comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se tornar a pessoa que você quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo; mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer, não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que, com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que, não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você junte os seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!" Nossas duvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare produção visual:CARLOS CUNHA

Um cão apenas (Cecília Meireles)

Subidos, de ânimo leve e descansado passo, os quarenta degraus do jardim - plantas em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito eis-me no patamar. E a meus pés, no áspero capacho de coco, à frescura da cal do pórtico, um cãozinho triste interrompe o seu sono, levanta a cabeça e fita-me. E um triste cãozinho doente, com todo o corpo ferido; gastas, as mechas brancas do pêlo; o olhar dorido e profundo, com esse lustro de lágrima que há nos olhos das pessoas muito idosas.
Com um grande esforço, acaba de levantar.-se. Eu não lhe digo nada; não faço nenhum gesto. Envergonha-me haver interrompido o seu sono. Se ele estava feliz ali, eu não devia ter chegado. Já que lhe faltavam tantas coisas, que ao menos dormisse: também os animais devem esquecer, enquanto dormem… Ele, porém, levantava-se e olhava-me. Levantava-se com a dificuldade dos enfermos graves, acomodando as patas da frente, o resto do corpo, sempre com os olhos em mim, como à espera de uma palavra ou de um gesto. Mas eu não o queria vexar nem oprimir.
Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse, que receitasse, encaminhá-lo para um tratamento… Mas tudo é longe, meu Deus, tudo é tão longe. E era preciso passar. E ele estava na minha frente, inábil, como envergonhado de se achar tão sujo e doente, com o envelhecido olhar numa espécie de súplica. Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos homens. Então, o triste cãozinho reuniu todas as suas forças, atravessou o patamar, sem nenhuma dúvida sobre o caminho, como se fosse um visitante habitual, e começou a descer as escadas e as suas rampas, com as plantas em flor de cada lado, as borboletas incertas, salpicos de luz no granito, até o limiar da entrada. Passou por entre as grades do portão, prosseguiu para o lado esquerdo, desapareceu.
Ele ia descendo como um velhinho andrajoso, esfarrapado, de cabeça baixa, sem firmeza e sem destino. Era, no entanto, uma forma de vida. Uma criatura deste mundo de criaturas inumeráveis. Esteve ao meu alcance, talvez tivesse fome e sede: e eu nada fiz por ele; amei-o, apenas, com uma caridade inútil, sem qualquer expressão concreta. Deixei-o partir, assim, humilhado, e tão digno, no entanto; como alguém que respeitosamente pede desculpas de ter ocupado um lugar que não era o seu.
Depois pensei que nós todos somos, um dia, esse cãozinho triste, à sombra de uma porta. E há o dono da casa e a escada que descemos, e a dignidade final da solidão.

Cecilia Meireles

[li esse texto, pela primeira vez quando tinha 12 anos. sabia que era especial, mas não tinha - na época - a noção de quanto.]


É exatamente assim que me sinto: "Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer,neste complexo mundo dos homens..."

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Perguntei a um sábio,a diferença que havia entre amor e amizade,ele me disse essa verdade...

O Amor é mais sensível,a Amizade mais segura.

O Amor nos dá asas,a Amizade o chão.No Amor há mais carinho,na Amizade compreensão.

O Amor é plantado e com carinho cultivado,a Amizade vem faceira,e com troca de alegria e tristeza,torna-se uma grande e querida companheira.

Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo,e quando a Amizade é concreta,ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo ou uma grande paixão,ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração.

William Shakespeare